Neurostorytelling: a jornada do herói no marketing de conteúdo
Dando sequência aos conteúdos inspirados nas palestras do RD Summit 2018, vamos falar sobre neurostorytelling – que foi o tema da palestra de Rafael Rez. Mais especificamente, vamos entender qual é a relação entre o marketing de conteúdo e a jornada do herói.
Você sabe qual é a semelhança entre Harry Potter, Star Wars, Senhor dos Anéis e o Rei Leão? Todas essas histórias são baseadas na mesma estrutura: a jornada do herói, que é um conceito criado pelo antropólogo Joseph Campbell.
Mais do que grandes clássicos da literatura e do cinema, essas obras conseguem criar um grande sentimento de empatia com o público, não é? O segredo por trás disso está no neurostorytelling, que gera identificação e desperta fortes sentimentos no expectador.
A boa notícia é que você pode aplicar esse conceito na estratégia de marketing de conteúdo da sua empresa e gerar esse mesmo sentimento no seu cliente. Confira ao longo deste artigo como a jornada do herói e o marketing de conteúdo podem se encontrar no neurostorytelling.
A importância de contar boas histórias
Esqueça as estatísticas. No momento de causar impacto no cérebro, o que realmente importa são as histórias. “O cérebro aprende com narrativas. Histórias são a zona de conforto do cérebro”. Essa foi a frase utilizada por Rafael para mostrar como temos mais facilidade de assimilar informações contadas em forma de história.
Falar a um potencial cliente que 90% dos seus clientes estão satisfeitos com o seu produto pode causar uma boa impressão inicial, certo? Porém, certamente o relato de um cliente contando como saiu da beira da falência e conquistou resultados fantásticos utilizando a solução da sua empresa causa um impacto muito maior.
As histórias fazem parte de nossas vidas desde que somos crianças: histórias para dormir, contos de fadas, super-heróis, desenhos animados. Todos esses são ótimos exemplos que mostram como crescemos cercados por boas histórias.
Do ponto de vista de uma empresa, contar boas histórias gera vários benefícios: capta a atenção do público, gera humanização da marca, constrói uma conexão com o público, desperta emoções e transmite mensagens complexas de forma muito natural.
Estrutura da jornada do herói
Entre todas as histórias que você conhece, muitas delas foram construídas em torno da jornada do herói. Essa estrutura de storytelling permite que as narrativas alcancem o ápice de engajamento do público e despertam vários sentimentos ao longo da trama – o que possui uma relação direta com o neurostorytelling.
Para que você consiga compreender melhor esse conceito, vamos falar sobre os 12 estágios que compõem a estrutura da jornada do herói:
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Mundo Comum: neste estágio o herói ainda vive uma vida normal com outras pessoas antes de iniciar sua grande aventura.
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A Chamada: um desafio surge e influencia o herói a sair de sua zona de conforto para resolver o problema.
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Recusa ou Reticência: o personagem costuma recusar ou demorar para aceitar a chamada – geralmente, por sentir medo ou insegurança.
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Mentoria: o personagem se encontra com um mentor (Mestre Yoda, Dumbledore, Gandalf) e recebe uma ajuda sobrenatural que serve como motivação para aceitar a chamada. Neste momento ele ganha a sabedoria necessária para encarar a aventura.
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Cruzamento do Primeiro Portal: neste estágio o herói atravessa o primeiro desafio e entra em um novo mundo.
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Provações, aliados e inimigos: o herói passa por testes, encontra aliados e enfrenta inimigos – aprendendo as regras do novo mundo.
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Aproximação: o herói tem êxito em vencer as provações.
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Provação difícil ou traumática: surge o maior desafio da aventura aparece, criando a parte mais dolorida do enredo.
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Recompensa: o herói consegue escapar de um fim trágico, supera o medo e adquire a recompensa por ter aceitado o desafio – que é o elixir.
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O Caminho de Volta: o herói retorna para o mundo comum.
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Ressurreição: surge outro grande desafio de vida ou morte que exige que o herói aplique tudo o que foi aprendido.
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Regresso com o elixir: o herói volta para casa com o elixir para ajudar todos no mundo comum.
Como aplicar a jornada do herói no marketing de conteúdo?
Para aplicarmos a jornada de herói no marketing de conteúdo e explorarmos o neurostorytelling, é preciso entendermos melhor quais são os sentimentos por trás dessas 12 etapas. Para isso, vamos dividir a estrutura da história em apenas três partes:
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Ato 1: é quando acontece a descoberta inicial do personagem.
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Ato 2: engloba o desenvolvimento da história – incluindo conflitos, desafios e mudanças no ritmo da narrativa.
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Ato 3: a história atinge o clímax com uma grande virada e com a vitória final do herói.
É com base nesses três atos que podemos estruturar uma narrativa de neurostorytelling que realmente causa fortes emoções no seu público. Veja só:
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Ato 1: o cliente descobre que possui um problema ou necessidade e enxerga a oportunidade de mudança.
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Ato 2: ele enfrenta os desafios necessários e começa a notar os primeiros sinais de mudança.
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Ato 3: os resultados são alcançados e ocorre o reconhecimento dos efeitos causados pela sua solução.
Neurostorytelling: o despertar dos sentimentos do cliente
Com base em narrativas que exploram a jornada do herói você consegue extrair o melhor do neurostorytelling: despertar fortes emoções no público, gerando engajamento e conexão com a sua empresa.
No mesmo momento em que você busca captar a atenção de um usuário, existem diversas outras empresas brigando pela sua atenção, não é? São histórias poderosas que criam uma identificação com a sua marca e tornam os seus conteúdos mais atrativos – contribuindo para que esse usuário se conecte com a sua empresa e venha a se tornar um cliente.
Você já conhecia a relação entre a jornada do herói e o marketing de conteúdo? Ficou com alguma dúvida sobre o neurostorytelling? Deixe o seu comentáro!
Sayure D. Santos
31/01/2019 @ 10:14 pm
Olha eu aqui passando novamente, Estou acompanhando seu Blog que é Maravilhoso! Essas informações tem me ajudado bastante e acredito que outras pessoas também. Sou grata. Sucesso Sempre!!